A Lenda Urbana do Assassino no Banco de Trás

Uma lenda muito popularizada entre universitários dos Estados Unidos já pôde ser vista em alguns filmes de terror. Ao ler essa matéria, provavelmente você irá identificar essas cenas em algum filme. 

Conforme constatamos em pesquisas, três estados americanos onde a história do Assassino No Banco de Trás é muito difundida são o Colorado, Utah e Indiana. 

                                                                                          Imagem de Holger Schué por Pixabay

O Folclorista Jan Harold Brunvand colheu relatos tanto na Universidade de Utah quanto na Universidade de Indiana, em Bloomington. 

Os relatos a seguir são contatos como ocorridos principalmente em Denver ou em Aurora - ambas as cidades no Colorado - ou ainda em Salt Lake City - em Utah. 

LENDA DO ASSASSINO DO BANCO DE TRÁS

Essa lenda urbana americana diz que uma mulher sai - por exemplo - de Salt Lake City para visitar alguns amigos em Ogden. A distância percorrida neste caso seria de aproximadamente 39 milhas, o que seria o equivalente a 62 quilômetros na unidade de medida de distância do Brasil. 

Por volta das 2 horas da manhã, ela se prepara para voltar para Salt Lake City. Ao entrar em seu carro que estava estacionado na frente da casa dos seus referidos amigos, ela nota que o veículo que estava estacionado atrás do dela acende os faróis. Quem estaria dentro daquele carro às 2 horas da madrugada?

A moça liga o seu automóvel e segue viagem de volta para casa. Logo percebe que o carro que acendera os faróis a persegue. Não havia ninguém pelas ruas. Não tendo como pedir ajuda, ela acelera, mas o veículo perseguidor faz o mesmo movimento de aumentar sua velocidade. 

Em alguns momentos, o suspeito chega bem próximo, mas não a ultrapassa. Não havia dúvidas: Ela estava mesmo sendo perseguida!

Ao chegar em Salt Lake City, ela ultrapassa os semáforos para chegar mais rápido em casa. O carro de trás faz o mesmo, implacável. 

Já na frente de sua casa, a mulher para o carro e buzina insistentemente para acordar o seu marido. O veículo suspeito para atrás dela. Seu marido aparece perguntando o que estava acontecendo ali. O perseguidor desce do carro e o marido da moça o agarra à força, já percebendo que havia algum perigo naquela cena. 

A moça, prontamente, responde que aquele carro estava lhe perseguindo desde Odgen. Era possível ver o desespero dela pelas suas expressões faciais. 

Eis que o suspeito assume que estava mesmo perseguindo ela. Explica que, quando estava indo para o seu trabalho, segundos depois que entrou no carro, percebeu que a mulher do carro da frente também estava entrando em seu veículo. 

Quando ele ligou os faróis, percebeu que havia um homem escondido no banco de trás do carro dela. Era possível ver a cabeça dele pelo vidro iluminado. O casal foi checar se a história era verdadeira e, para o espanto dele, um homem desconhecido estava escondido no banco de trás do carro dela. E ele estaria portando um machado. 

LENDA URBANA E PRECONCEITO

É válido ressaltar que encontramos elementos relacionados a preconceitos étnicos e sociais nessa lenda urbana. Em uma das versões dessa história, o rapaz que a persegue é um caminhoneiro que fica piscando a luz de seu farol, tentando alertá-la. 

Já em outra versão, que tenta alertá-la é um frentista de um posto de combustível. Neste caso, ao receber uma nota de dez dólares, ele finge que a nota é falsa e pede para a moça descer do carro. Ao utilizar essa artimanha, o frentista coloca a moça em segurança e chama a polícia. 

Por falar em preconceito, frequentemente o perseguidor salvador é relatado como um homem negro. 

O ASSASSINO NO BANCO DE TRÁS NO CINEMA

Um dos filmes em que podemos identificar uma cena que reflete a lenda urbana do assassino no banco de trás ocorre no filme Lendas Urbanas, de 1998, dirigido por Jamie Blanks. Na cena em questão, a atriz Natasha Grergson Wagner, interpretando o papel de Michelle Mancini, passa pela situação de ter um assassino no banco de trás do seu veículo. 

O ator Brad Dourif, que interpreta o papel de um atendente em um posto de combustível, tenta alertá-la. E, mais uma vez, vemos o preconceito social falando mais alto aqui. O que acontece com a Michelle Mancini? Só assistindo para descobrir...

Comentários